segunda-feira, 30 de julho de 2007

1.1 As Raízes de Israel

MITO
“Os delegados da Conferência Mundial das Nações Unidas Contra o Racismo concordaram que sionismo é racismo”.

FATO
Em 2001, as nações árabes procuraram novamente questionar a legitimidade da existência de Israel ao tentar igualar sionismo a racismo na Conferência Mundial das Nações Unidas Contra o Racismo em Durban, África do Sul. Os Estados Unidos uniram-se a Israel no boicote à conferência quando ficou claro que, em vez de enfocar os males do racismo, do anti-semitismo e da xenofobia – supostamente os temas do evento – a conferência converteu-se em um fórum para atacar Israel.

Os Estados Unidos retiraram a sua delegação “para enviar um sinal às nações do mundo que amam a liberdade e dizer-lhes que não ficaremos passivos enquanto o mundo tenta descrever o sionismo como racismo. Isso é completamente equivocado”. Ari Fleisher, secretário de Imprensa da Casa Branca, acrescentou que “o presidente está orgulhoso por se colocar ao lado de Israel e da comunidade judaica, e envia um sinal de que nenhum grupo vai encontrar aceitação e respeito internacional se seu propósito for igualar o sionismo ao racismo”.26

MITO
“Os sionistas poderiam ter escolhido outro país que não a Palestina”.

FATO
No fim do século XIX, o surgimento do anti-semitismo religioso e racista levou ao ressurgimento de pogroms (matança de judeus) na Rússia e Europa Oriental, destruindo promessas de igualdade e tolerância. Isso estimulou a imigração judaica da Europa para a Palestina. Na ocasião, muitos judeus chegaram à Palestina, vindos do Iêmen, do Marrocos, do Iraque e da Turquia.
Esses desconheciam as idéias sionistas de Theodor Herzl26a e nem sabiam dos pogroms europeus, mas estavam motivados pelo sonho secular do “regresso a Sion” e pelo medo da intolerância. Quando souberam que os portões da Palestina estavam abertos, enfrentaram as dificuldades da viagem e foram para Israel.

O ideal sionista de um retorno a Israel tem profundas raízes religiosas. Muitas orações judaicas falam de Jerusalém, de Sion e da Terra de Israel. O preceito de não esquecer Jerusalém, local do Templo, é um princípio fundamental do judaísmo. O idioma hebraico, a Torá, as leis do Talmud, o calendário judaico, e todos os feriados e festivais judaicos se originaram em Israel e giram em torno das estações e condições climáticas. Os judeus rezam em direção a Jerusalém e recitam as palavras “ano que vem em Jerusalém” a cada Pessach (Páscoa judaica). A religião, cultura e história judaicas deixam claro que uma nação judaica só pode ser construída na Terra de Israel.
Em 1897, líderes judeus organizaram formalmente o movimento político sionista, que defendia a restauração do lar nacional judaico na Palestina, onde os judeus poderiam encontrar refúgio e autodeterminação e trabalhar pelo renascimento de sua civilização e cultura.

MITO
“O próprio Herzl propôs um Estado judeu em Uganda como alternativa à Palestina”.

FATO
Theodor Herzl buscou o apoio das grandes potências à criação de uma pátria judaica. Foi à Grã-Bretanha e reuniu-se com o ministro das Colônias, Joseph Chamberlain, e outros membros do governo. Inicialmente, os ingleses concordaram que os judeus se estabelecessem na África Oriental.

No VI Congresso Sionista, realizado na Basiléia, na Suíça, em 26 de agosto de 1903, Herzl propôs que Uganda, então território britânico, servisse de refúgio temporário de emergência para os judeus da Rússia que estavam em perigo iminente. Embora Herzl tenha deixado claro que esse programa não afetaria a meta última do sionismo – uma entidade judaica na Terra de Israel – a proposta provocou muita celeuma no Congresso e quase causou uma cisão no movimento sionista. Constituiu-se, então, a Organização Territorialista Judaica (JTO – Jewish Territorialist Organization), fruto da unificação de diversos grupos que apoiavam as propostas de Herzl sobre
Uganda entre 1903 e 1905. O chamado Programa de Uganda, que nunca contou com muito apoio, foi formalmente rejeitado pelo VII Congresso Sionista, em 1905.

MITO
“Todos os árabes se opuseram à Declaração Balfour, vendo-a como uma traição aos seus direitos”.

FATO
O emir Faissal, filho do xerife Hussein, líder da revolta árabe contra os turcos, assinou um acordo com Chaim Weizmann26b e outros líderes sionistas durante a Conferência de Paz de Paris em 1919. Foi reconhecido o “parentesco racial e os antigos laços existentes entre os árabes e o povo judeu” e concluiu-se que “o meio mais seguro de se chegar à consumação de suas aspirações nacionais” seria “a mais estreita colaboração possível para o desenvolvimento dos países árabes e da Palestina”.

Além disso, o acordo contemplava o cumprimento da Declaração Balfour e pedia por todas as medidas necessárias “... para encorajar e estimular a imigração de judeus para a Palestina em larga escala e assentar imigrantes judeus no território o mais rapidamente possível, por meio de colônias e do cultivo intensivo do solo”. Faissal condicionou a sua aceitação da Declaração Balfour ao cumprimento das promessas britânicas, feitas durante a guerra, de conceder independência aos árabes. Essas promessas não se cumpriram.27

Os críticos esqueceram o acordo Weizmann-Faisal porque jamais entrou em vigor. No entanto, o fato de os líderes do movimento sionista e do movimento nacionalista árabe terem alcançado o entendimento é significativo, pois demonstrou que as aspirações judaica e árabe não eram excludentes.

MITO
“Os sionistas não fizeram qualquer esforço para alcançar um acordo com os árabes”.

FATO
Em 1913, a liderança sionista reconheceu o desejo de chegar a um acordo com os árabes. Sami Hochberg, dono do jornal Le Jeune-Turc, representou informalmente os sionistas numa reunião com o Partido da Descentralização, com sede no Cairo, e com a Sociedade da Reforma Anti-Otomana de Beirute, e pôde chegar a um acordo. Essa entente verbale levou à adoção de uma
resolução que garantia aos judeus direitos iguais sob um governo descentralizado. Hochberg também recebeu um convite para o I Congresso Árabe, em Paris, em junho de 1913. Os participantes do congresso foram surpreendentemente receptivos às aspirações sionistas. Hochberg ficou estimulado pela resposta favorável do Congresso à entente verbale.


Abd-ul-Hamid Yahrawi, presidente do Congresso, resumiu assim a atitude dos delegados:

“Todos nós, muçulmanos e cristãos, temos os melhores sentimentos para com os judeus. Quando falamos, em nossas resoluções, sobre os direitos e obrigações dos sírios, isso também incluía os
judeus. Por serem nossos irmãos de raça e os considerarmos como sírios que foram forçados a deixar seu país em um dado tempo, mas cujos corações sempre bateram junto aos nossos, estamos certos de que nossos irmãos judeus ao redor do mundo saberão como nos ajudar de modo que nossos interesses comuns possam ser bem-sucedidos e nosso país em comum venha a se desenvolver tanto material quanto moralmente”.28

A entente verbale negociada por Hochberg mostrou-se ineficaz devido aos acontecimentos do período de guerra. A oposição árabe pública à Declaração Balfour convenceu os líderes sionistas da necessidade de um esforço conjunto maior para se alcançar um entendimento com os árabes. Chaim Weizmann considerou a tarefa importante o suficiente para liderar uma comissão sionista
à Palestina, a fim de explicar os objetivos do movimento aos árabes. Weizmann foi primeiro ao Cairo, em março de 1918, e se reuniu com Said Shukeir, Faris Nimr e Suleiman Bey Nassif (nacionalistas árabes sírios escolhidos como representantes pelos britânicos) e enfatizou o desejo de viver em harmonia com os árabes numa Palestina britânica.

A diplomacia de Weizmann foi bem-sucedida. Nassif afirmou que “havia espaço na Palestina para outro milhão de habitantes sem afetar a posição dos que já se encontravam ali”.29 Faris Nimr distribuiu a informação aos jornais do Cairo, a fim de desfazer as impressões equivocadas do público árabe a respeito dos objetivos sionistas.30

Em 1921, Winston Churchill, então ministro das Colônias do Império Britânico, tentou organizar uma reunião de palestinos e sionistas. As duas partes se reuniram em 29 de novembro de 1921, mas não houve progresso porque os árabes insistiram na anulação da Declaração Balfour.

Weizman liderou um grupo de sionistas que se reuniu com o nacionalista sírio Riad al-Sulh em 1921. Os sionistas concordaram em apoiar as aspirações nacionalistas árabes e Sulh lhes disse que estava disposto a reconhecer a existência do Lar Nacional Judaico. As conversações foram retomadas um ano depois e suscitaram esperanças de um acordo. No entanto, em maio de
1923, os esforços de Sulh para convencer os líderes árabe-palestinos de que o sionismo era um fato consumado foram rejeitados.31

Nos 25 anos seguintes, líderes sionistas de dentro e de fora da Palestina tentariam repetidamente negociar com os árabes. Do mesmo modo, desde 1948 os líderes israelenses têm procurado assinar tratados de paz com os países árabes, mas o Egito e a Jordânia são as únicas nações que os assinaram.

MITO
“Os sionistas eram instrumentos colonialistas do imperialismo ocidental”.

FATO
“Colonialismo significa viver da exploração de outros”, escreveu Yehoshofat Harkabi. “Mas o que poderia estar mais distante do colonialismo do que o idealismo de judeus das cidades que lutam para se tornar camponeses e operários e viver do seu próprio trabalho?”33

Além disso, como destacou o historiador britânico Paul Johnson, os sionistas dificilmente poderiam ser instrumentos dos imperialistas, dada a oposição geral das potências à sua causa. “Em todo o Ocidente, os escritórios para assuntos exteriores, ministérios da defesa e as grandes empresas eram contra os sionistas”.34

O emir Faissal também via o movimento sionista como um parceiro do movimento nacionalista árabe na luta contra o imperialismo, como explicou numa carta a Felix Frankfurter, professor de direito de Harvard e futuro membro da Suprema Corte de Justiça, em 3 de março de 1919, um dia depois que Chaim Weizmann apresentou o caso sionista na conferência de Paris:

Os árabes, especialmente os educados entre nós, vêem o movimento sionista com a mais profunda simpatia (...) Desejaremos aos judeus um caloroso ‘bem-vindos ao lar’ (...) Estamos
trabalhando juntos por um Oriente Médio reformulado e revisto e nossos dois movimentos se complementam. O movimento judaico é nacionalista, e não imperialista. E há espaço na Síria para nós dois. De fato, penso que um não pode alcançar o verdadeiro sucesso sem o outro.35

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Os nossos não vêm aqui como colonizadores do Ocidente, com o objetivo de ter nativos trabalhando por eles; eles colocam seus ombros para arar e despendem sua força e seu sangue para fazer a terra frutificar. Mas não é só para nós que desejamos essa fertilidade. Os camponeses judeus começaram a ensinar a seus irmãos, os camponeses árabes, a cultivar a terra de maneira mais intensiva; desejamos ensiná-los ainda mais: queremos cultivar a terra junto com eles: servi-la, como se diz em hebraico. Quanto mais fértil se tornar esse solo, mais espaço haverá para nós e para eles. Não temos qualquer desejo de despojá-los: queremos viver com eles. Não queremos dominá-los: queremos servir com eles....

- Martin Buber Buber36
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MITO
“Os britânicos prometeram aos árabes a independência da Palestina na correspondência entre Hussein e MacMahon”.

FATO
A figura central do movimento nacionalista árabe à época da Primeira Guerra Mundial era Hussein ibn‘ Ali, indicado pelo Comitê Turco de União e Progresso como xerife de Meca em 1908. Como xerife, Hussein era o responsável pela custódia dos santuários do Islã em Hejaz e, conseqüentemente, reconhecido como um dos líderes espirituais dos muçulmanos.

Em julho de 1915, Hussein enviou uma carta a sir Henry MacMahon, o alto-comissário para o Egito, informando-lhe dos termos da participação árabe na guerra contra os turcos. As cartas entre Hussein e MacMahon que se seguiram delineavam as áreas que a Grã-Bretanha estava pronta a ceder aos árabes. A correspondência entre ambos deixou notadamente de mencionar a Palestina. Os britânicos argumentaram que a omissão havia sido intencional, justificando assim a recusa a conceder aos árabes a independência na Palestina após a guerra.37

MacMahon explicou:

Sinto que é meu dever declarar – e o faço de maneira definitiva e enfática – que não pretendi dar garantias ao rei Hussein de incluir a Palestina na área para a qual foi prometida a independência árabe. Também tive todas as razões para crer, neste momento, que o fato de a Palestina não estar incluída em minha promessa foi bem entendido pelo rei Hussein.38

Apesar disso, os árabes sustentam desde então que as cartas constituíram uma promessa de independência para seus países.

MITO
“Os árabes lutaram pela liberdade na Primeira e na Segunda Guerra Mundial”.

FATO
Ao contrário da ficção romântica do período, a maioria dos árabes não lutou junto aos Aliados contra os turcos na Primeira Guerra Mundial. O primeiro-ministro britânico David Lloyd George destacou que a maioria dos árabes lutou por seus dirigentes turcos. Os defensores de Faissal na Arábia eram a exceção.

Na Segunda Guerra Mundial os árabes demoraram a entrar na luta contra Adolf Hitler. Apenas a Transjordânia esteve junto aos britânicos em 1939. O Iraque foi dominado por pró-nazistas em 1941 e se uniu às forças do Eixo. A maior parte dos países árabes ficou em cima do muro, aguardando o desenrolar do conflito, para ver quem venceria. Com a Alemanha praticamente
dominada, e sendo necessário entrar na guerra para se qualificar como país membro da nascente Organização das Nações Unidas, os árabes finalmente declararam guerra aos nazistas. Egito, Síria e Líbano, em 25, 27 e 28 de fevereiro de 1945; e a Arábia Saudita, em 2 de março.

Em contrapartida, 30 mil judeus palestinos combateram o nazismo.

Notas
1
AEC (Antes da Era Comum) e EC (Era Comum), para os períodos geralmente denominados AC e DC (NT).
2 Dan Bahat, ed. Twenty Centuries of Jewish Life in the Holy Land. The Israel Economist (1976), pág. 61-63.
3 Abba Eban (1915-2002). Estadista, diplomata, professor e líder sionista nascido na África do Sul. Foi um dos criadores de Estado de Israel e artífice do reconhecimento do novo país pelas Nações Unidas. Hábil negociador, ocupou os postos de embaixador de Israel nos Estados Unidos e na ONU, simultaneamente, entre 1950 e 1959, e o Ministério das Relações Exteriores de Israel, de 1966 a 1974. New York Times, 18 de novembro de 1981.
4 Yehoshua Porath. The Emergence of the Palestinian-Arab National Movement, 1918-1929, Londres: Frank Cass, 1974, pág. 4.
5 Max Dimont. Jews, God and History, New York, 1962, pág. 49-53.
6 Jerusalem Post (2 de novembro de 1991).
7 Yehoshua Porath. Palestinian Arab National Movement: From Riots to Rebellion: 1929-1939, vol. 2. Londres: Frank Cass and Co., Ltd., 1977, pág. 81-82.
7a Comissão Peel. Formada pela Inglaterra em 1937, chefiada por Lord Peel, para investigar o conflito árabe-judeu na Palestina e encontrar uma solução.
8 Jerusalem Post (2 de novembro de 1991).
8a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Criada em Jerusalém em 1964, a partir do Fatah, movimento guerrilheiro fundado por Yasser Arafat.
9 Avner Yaniv. PLO. Jerusalém, Israel Universities Study Group of Middle Eastern Affairs, agosto de 1974, pág. 5.
10 Al-Qibla (23 de março de 1918), citado em Samuel Katz, Battleground-Fact and Fantasy in Palestine. New York: Bantam Books, 1977, pág. 128.
11 Governo britânico. Relatório do Comitê de Inquérito Anglo-Americano, 1946, parte 6 (20 de abril de 1946).
12 Howard Sachar. A History of Israel: From the Rise of Zionism to Our Time. New York: Alfred A. Knopf, 1979, pág. 129.
13 Ben Halpern. The Idea of a Jewish State. Massachusetts: Harvard University Press, 1969, pág. 108.
14 Relatório da Comissão Real para a Palestina, pág. 233.
15 Relatório da Comissão Real para a Palestina, págs. 259-260.
16 Neville Mandel. Attempts at an Arab-Zionist Entente: 1913-1914. Middle Eastern Studies, abril de 1965, pág. 243.
17 Al-Qibla (23 de março de 1918), citado em Samuel Katz. Battleground-Fact and Fantasy in Palestine. New York: Bantam Books, 1977, pág. 128.
18 Mark Twain (1835-1910). Pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens, escritor e humorista americano.
19 Mark Twain. The Innocents Abroad. Londres, 1881.
19a Chaim Herzog. (1919-1997). Nascido na Irlanda, foi embaixador de Israel nas Nações Unidas na década de 70 e exerceu a presidência do Estado judeu por dois mandatos, entre os anos de 1983 a 1993. Chaim Herzog serviu como soldado do Exército britânico e, mais tarde, oficial do serviço de inteligência militar de Israel. O militar, diplomata e estadista foi também advogado, homem de negócios, escritor e jornalista, que ficou famoso por seus comentários transmitidos pelo rádio. Foi autor de obras importantes sobre as guerras de 1967 e 1973.
20 A “Noite dos Cristais” é apontada como o início do Holocausto. Em 9 de novembro de 1938, os nazistas destruíram sinagogas e lojas, causando a morte de 91 pessoas e a prisão de 20 mil, enviadas para campos de concentração (NT).
21 Lei de Nacionalidade Jordaniana, Artigo 3 da Lei 6 de 1954, Official Gazette, número 1.171, 6 de fevereiro de 1954.
22 Líder do movimento pelos direitos civis dos negros americanos, assassinado em 1968.
23 New York Times (7 de janeiro de 1985).
24 William Safire. Jornalista e colunista do The New York Times.
25 Seymour Martin Lipset. The Socialism of Fools-The Left, the Jews and Israel. Encounter, dezembro de 1969, pág. 24.
26 Comunicado da Casa Branca a respeito da ameaça de boicote americano à Conferência Mundial das Nações Unidas contra o Racismo (27 de julho de 2001).
26a Theodor Herzl. Pseudônimo de Biniamin Zeev (1860-1904). Nascido em Budapest, formou-se em direito em Viena, escreveu contos e peças de teatro e foi jornalista em Viena e em Paris. As manifestações de anti-semitismo em Viena levaram-no à conclusão de deveria ser criado um Estado que servisse de refúgio para os judeus. Para isso, criou a Organização Sionista Mundial.
26b Chaim Weizmann (1874-1952). Nasceu em Motol, na Rússia, hoje Polônia. Formou- se em Química em 1900. Em 1904 mudou-se para a Inglaterra e seis anos depois adquiriu a nacionalidade britânica, consolidando seu prestígio graças ao trabalho acadêmico na Universidade de Manchester e à direção dos laboratórios militares durante a Primeira Guerra Mundial. A seus esforços deveu-se em boa parte a Declaração Balfour (1917), pela qual a Inglaterra reconheceu o direito dos judeus de fundar um Estado na Palestina. Foi presidente da Organização Sionista Mundial e o primeiro presidente de Israel, cargo que ocupava ao morrer.
27 Chaim Weizmann, Trial and Error. New York: Schocken Books, 1966, págs. 246-247; Howard Sachar. A History of Israel: From the Rise of Zionism to Our Time. New York: Alfred A. Knopf, 1979, pág. 121.
28 Aharon Cohen. Israel and the Arab World. New York: Funk and Wagnalls, 1970, pág. 97.
29 Jon Kimche. There Could Have Been Peace: The Untold Story of Why We Failed With Palestine and Again With Israel. Inglaterra: Dial Press, 1973, pág. 136-137.
30 Aharon Cohen. Israel and the Arab World. New York: Funk and Wagnalls, 1970, pág. 71-73.
31 Yehoshua Porath. The Emergence of the Palestinian-Arab National Movement 1918- 1929. Londres: Frank Cass, 1974, pág. 65-67.
32 Yehoshua Porath. The Emergence of the Palestinian-Arab National Movement, 1918-1929. Londres: Frank Cass, 1974, pág. 112-114.
33 Yehoshofat Harkabi. Palestinians And Israel. Jerusalém: Keter, 1974, pág. 6.
34 Paul Johnson. Modern Times: The World from the Twenties to the Nineties. New York: Harper & Row, 1983, pág. 485.
35 Samuel Katz. Battleground-Fact and Fantasy in Palestine. New York: Bantam Books, 1977, pág. 55.
36 Martin Buber (1876-1965). Escritor, filósofo, jornalista, professor e teólogo do judaísmo, nasceu em Viena, na Áustria. Viveu na Alemanha até 1938, quando emigrou para a Palestina, tornando-se professor da Universidade de Jerusalém. Foi o criador da Filosofia do Diálogo, dirigente da organização Ichud (União), que buscava a reconciliação entre árabes e judeus, e um dos maiores expoentes do Movimento Sionista, depois de Theodor Herzl. De uma carta aberta ao Mahatma Gandhi em 1939, citada em Arthur Hertzberg. The Zionist Idea. Pensilvannia: Jewish Publications Society, 1997, pág. 464.

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